quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Carissimos Conteranios

Não estará na hora de nos empenharmos todos num objectivo comum? Não estaremos todos interessados em colocar a Bemposta no lugar que ela indiscutivelmente merece? Não estaremos fartos de ficar sistematicamente calados relativamente ao planeamento e gestão do património da nossa terra? A nossa terra merece mais e melhor, se assim continuar corremos o risco de perder definitivamente o comboio, dos fundos comunitários.
Temos que sentir orgulho nas nossas raízes, para que a memória de um povo não seja destruída.

Pensem nisso se faz favor.

Saudações

Daniel Lopes

Ponte Romana de Bemposta a Ruir


Por Bemposta passava uma importante estrada romana Legionária, partia de Mérida (Emérita, Capital Romana), ligava Idanha-a-Velha (Civitas Igaeditanorum) e passava por Medelim, Bemposta, Pedrógão S.Pedro, sulcava por Mata da Rainha, Quintas da Torre (Antiga, Torre dos Namorados), Capinha (Talabara), Caria, Belmonte, Valhelhas, Manteigas, Vila de Crasto ou Crasto Verde, Paços da Serra, sendo dela o principal objectivo Viseu (Talabarica).
Por isto, construíram a ponte romana entre Bemposta e Pedrógão de S.Pedro, á velha ponte romana, sobre a ribeira das Taliscas. Cuja sua construção se aponta para o ano 105 d.c, dado a uma inscrição na ponte romana de Alcântara (em Espanha). Ao longo dos anos a ponte romana da ribeira da taliscas, a sua sorte tem sido pouca, tendo sofrido sucessivos atentados. Quando a construção da nova ponte, o seu segundo arco foi destruído pelo empreiteiro, que levou pedras (“cantarias com legendas”) e só não levou o resto porque a população se opusera. O que restou foi apenas um dos arcos, de volta perfeita, com grandes aduelas regulares de granito.
A ribeira, com as invernias, foi-lhe afundando cada vez mais os alicerces, acabando por defender-lhe a aba direita.
Em 1979, no 1º Colóquio de Arqueologia e Historia do Concelho de Penamacor, já, Joaquim Candeias da Silva, alertava para o que restava merecia toda a atenção de eventuais reparações e até reconstruções. No seu estudo fez o seguinte relato: “ Entre estes, vimos algumas pedras de aparelho com decorações geométricas, ou com enigmáticos sulcos (letras?), outras com orifícios, e ainda um malhão de grandes proporções”.
“Pela margem direita lá corre ainda, a dar, acesso ao edifício abatido e também já em decomposição ao longo dos seus cerca de 20 metros de extensão, um troço de via romana de estrutura clássica. Foi junto dela que recolhemos um cutelo inegavelmente romano, sob a forma de uma lâmina de ferro com 29 cm de comp., 6 de larg. Máxima e 0,5 de espessura Max. – Utensílio doméstico ou arma de guerra legionária? Também num e noutro lado da ponte apanhámos fragmentos de tegulae e lateres de diversas espessuras.”
Hoje, toda a sua estrutura encontra com profundas fendas, sem argamassa. Ao longo do leito da ribeira encontra-se pedras pertencentes a sua estrutura a esmo de qualquer mão alheia. Para além disso encontra-se envolvida numa repleta floresta de salgueiros, silvados e entulho, sem condições de qualquer visita possível.
Caso a sua intervenção não for breve, acabará por desabar um dos mais importantes monumentos históricos do nosso Concelho.
Este é apenas um dos casos de Património Cultural desprezado em Bemposta, porque toda a aldeia este em profunda desmesura, basta passar pelo centro da aldeia para se percepcionar isso.
Por fim deixo a lembrança de que o presente se enraíza no passado que herdamos e temos como obrigação sagrada de o preservar, partilhar e dar a conhecer aos outros.

Daniel Lopes

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Bemposta em Foco no Jornal Reconquista

14 de Agosto de 2008


21 de Agosto de 2008


terça-feira, 26 de agosto de 2008

Obra de Paulo Heitlinger



Sinopse

A Tipografia move-se entre a afirmação de cânones históricos e a negação de regras estabelecidas, entre a invenção artística e o facilitismo do comercial. Como avaliar as modas e os estilos? Conhecendo a sua dinâmica histórica! Para tal, este livro analisa as etapas relevantes da evolução das letras e dos tipos, no devido enquadramento social, cultural e ideológico. "Tipografia" contribui de forma directa para uma selecção consciente no enorme universo de fontes digitais disponíveis para a edição, a paginação e o design de comunicação, mostrando e discutindo centenas de letras.

Tree Valley, intimo furor acústico...

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Um prazer natural


A ideia das piscinas biológicas vem da Suíça e da Áustria. Mas entretanto é conhecida também em Portugal, onde as primeiras piscinas biológicas foram instaladas no ano 1995. O sistema funciona através de uma fórmula pura e simples: usa a eficácia da própria natureza para limpar a água.
As pessoas que têm bastante espaço e água, que não gostam de swimmingpools com azulejos azuis e não têm medo das rãs, podem obter para uma piscina biológica. Porque uma piscina biológica tem a água natural de uma lagoa com plantas e todos os outros elementos da vida. Todas as construções levam sempre um compartimento de tomar banho e um compartimento depurador com plantas. O compartimento para tomar banho e o compartimento de limpeza, nas margens do lago, são construídas numa maneira especial para manter as partes para banhistas bem separadas às das plantas. Os círculos da vida produzem a água limpa e a forma subaquática da construção ajuda a evitar perturbações destes círculos.
De caso a caso a forma da construção depende - naturalmente - um pouco do sítio da obra, do espaço ocupado. Do ponto da vista paisagística tem toda a liberdade de arranjar o sítio de lazer bem adaptado à paisagem e com plantas bonitas. Uma certa diversidade das plantas aquáticas vai oxigenar a água, o que garante a qualidade de água pura. A grande biodiversidade é obrigatório a manter o equilíbrio ecológico estável. Para os banhistas isto significa água limpa para nadar. Sobretudo não há mosquitos e não precisa muita manutenção, também fora da época balnear a piscina biológica é um grande espectáculo. Todo o ano tem a possibilidade de observar a vida no lago.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Eutanásia

Temos que encarar a verdade sombria de que a eutanásia é uma questão de dom e não uma questão de decreto, confrontamo-nos com facto paradoxal de a existência da sociedade esta dependente de tangíveis regras de ordem, aos quais só se pode aspirar, o que excede o outro em grandeza, isto é, o que é maior do que outro. Diz-se da regra segundo a qual, quando tem de escolher entre várias opções, a preferida é aquela que é preferida pelo maior número. A linha de argumentação que está em causa não é salvar mas melhorar a sociedade, desde que se mantenha certos coeficientes de respeito pela dignidade humana. Deste modo a sociedade assume a responsabilidade pelos cuidados médicos, a investigação, a terceira idade e muitíssimas outras coisas que não pertenciam ao domínio público e que se transformaram em deveres para com a sociedade.
Todos aqueles que se posicionam contra a eutanásia consideram inadmissível a morte de seres Humanos somente para que estes não constituam um peso para os familiares, ou mesmo para melhorar as condições económicas. Encaram tais argumentos como uma manifestação de totalitarismo e comparam o sacrifício do indivíduo em favor de outros, como o que aconteceu durante o regime nazi.
Verifico que os principais defensores da eutanásia tendem a dar como exemplos os doentes terminais inconscientes. A intenção deste grupo social parece assim ultrapassar a eutanásia com consentimento ou pedido expresso do doente.
Muitos consideram que a eutanásia pode ser apropriada em certos casos particulares mas discordam com a legalização generalizada. Receia-se igualmente que a eutanásia se possa tornar selectiva, ocorrendo muito mais frequente entre os fracos e pobres da sociedade, os mais velhos e deficientes.
Por autonomia ou autodeterminação, entendo que o direito do indivíduo sobre a sua própria vida. Nesta perspectiva, cada pessoa, cujas capacidades cognitivas estejam conservadas, é livre para usar o seu corpo como bem entender, inclusive para acabar com a própria vida. Quando, por motivo de doença, tal não é possível pelos próprios meios, coloca-se então a hipótese do suicídio medicamente assistido ou eutanásia.
A actuação médica é movida por dois grandes princípios morais: a preservação da vida e o alívio do sofrimento. Estes dois princípios complementam-se na maior parte das vezes. Entretanto, em determinadas situações pode-se tornar antagónico, devendo prevalecer um sobre o outro. Se for estabelecido como princípio básico o de optar-se sempre pela preservação da vida, independentemente da situação, poder-se-á, talvez, negar a finitude da vida por um determinado tempo. Mas, desde logo é sabido pelo médico, que existe um momento da evolução da doença em que a morte torna-se num desfecho, ou seja os médicos acompanham os doentes e depois deixam-nos à porta da morte, não vão até ao fim. Peter singer na sua Ética Prática demonstra que a moderna tecnologia médica nos força a tomar decisões de vida ou de morte, em circunstâncias de doentes que estão em extremo sofrimento em que são os próprios familiares a acabar com esse sofrimento.
A preocupação de muitos, com a prática de uma eutanásia activa que poderia colocar nas mãos dos governos meios para liquidar os seus adversários, os governos sem escrúpulos tem meios mais eficazes do que a eutanásia administrada por médicos, baseada em questões médicas. As propostas de legalizar a eutanásia assentam no respeito pela autonomia e no objectivo de evitar o sofrimento desnecessário, esta diferença é bem contrária os objectivos da “eutanásia” nazi.
Se a lei fosse alterada e os actos de eutanásia praticados por médicos, não se pode dizer que a propensão se alastra-se descontroladamente, os médicos tem um poder considerável sobre a vida e a morte, porque podem suspender os tratamentos. Com a eutanásia legalizada poderia muito bem limitar o poder dos médicos visto que poderia trazer a luz a sujeira daquilo que alguns fazem por iniciativa pessoal e em sigilo e poderia proporcionar um fundamento mais firme de muitas mortes injustificáveis.
Tal como dizia Nietzsche no Zaratustra: “Morre a tempo (…) Que no momento de morrer o vosso espírito e a vossa virtude brilhem (…) caso contrário não tereis sabido morrer”. Nesta perspectiva Nietzschiana, a morte voluntária representa a derradeira afirmação da pessoa, porque ainda se encontra nas sua capacitadas cognitivas.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Guardador de Chaves


Ele tem chaves de todo o tamanho e feitio, grandes, pequenas, cheias de ferrugem, quadradas, redondas e algumas sem etiqueta.

Apenas ele sabe o segredo que cada uma encerra, porque há muito que lida com elas. Já fazem parte do seu intimo abafador, na calada da noite abrem a calúnia do seu ser.

Os antigos depositam confiança, porque os seus braços abrem o mal e o trama visível. Convive consigo mesmo, num eterno conflito entre as suas ideias e os seus obscuros sentimentos.

É o herói da sua existência, passando despercebido até a sua própria mascara. Ele sabe ser o tremendo lobo devorador, porque as suas chaves abrem o tesouro.

O Banco do Bosque



Ele é sabedor das minhas leituras…
A minha voz ecoa, nos seus ramos,
como que às minhas palavras pausassem nas suas pinhas abertas, pelo sol.

A sua natureza afirma-se em toda a essência envolvente,
ouve o cântico das rãs e o silêncio profundo da lagoa verde.

Aqui estou, entre o ímpio do meu eu,
o banco de madeira e a metamorfose do meu pensamento.

A passarinhada não pára nas arvores,
Pare-se estar em conflito com elas,
como de uma disputa se trata-se.

As frases vibram nos meus lábios,
faço versos soltos ao vento.
Falo com as suas ergas folhagens,
cada uma me confessa um sentimento.

Eu sou o orador, delas, que mostra a figura interior,
num simples efeito de voz.

O pinheiro manso ao sol, estreme-se,
ficando atrás de mim a ouvir o meu murmúrio.

Eu sou eu, eu sou o vosso orador,
eu sou aquele que desconheceis,
eu sinto as vossas vibrações.


Daniel Lopes

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Turismo sustentável


Nos tempos que correm, com toda a informação disponível sobre as alterações do nosso planeta, ninguém pode ficar indiferente à importância de uma gestão cuidada dos nossos ecossistemas. Como é do conhecimento de todos é pela mão do homem que todas estas alterações negativas estão a surgir. Um dos sectores da economia mundial responsável pela degradação dos habitats é o turismo. Um turismo sem regras, destrutivo e responsável pela destruição a curto prazo do seu próprio meio de sustentação.
É desta situação que surge o chamado turismo sustentável. As interpretações que têm sido dadas a este termo variam e muitas das vezes essa variação advém das necessidades que cada empresário turístico tem para manter a viabilidade do seu projecto.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

1º encontro de Terapias Alternatias de Penamacor


Parabéns a organização do 1ºEncontro de Terapias Alternativas de Penamacor, pela execelente ideia de trazer algo de diferente para o nosso Concelho, espero pela 2ºedição.

A três anos foi assim...

Discurso apresentado pelo candidatado da coligação “todos por Penamacor”, Daniel Lopes.
Bemposta a 4 de Outubro de 2005, pelas 18 horas.

Queridos conterrâneos é uma enorme honra dirigir-me a todos vós, acreditem que me sinto feliz, não só por mim, mas por todos vós aqui presentes, bem-haja pela vossa presença. É bom sinal quando nós reunimos todos em prol do progresso da nossa terra, e é por ela e pelo futuro das nossas gentes que hoje aqui estamos. Em tempos passados, fomos vila e sede de concelho, cuja nossa ancestralidade nós passou pergaminhos que nos identifica no contexto da região de extrema importância histórica. Esta terra que me viu crescer foi vila até 6 de Novembro de 1836, depois passou para a alçada de Monsanto e só em 1848 integrou o concelho de Penamacor, e muito em breve, se não tomáramos medidas, está prestes a desaparecer com a proposta de fusão de freguesias. Hoje não passamos de uma pequena aldeia beirã, a qual chamam de “ ilha”. O declínio da nossa terra tem vindo ano após ano a fazer-se sentir, exclusivamente, devido ao retrocesso populacional, a alegria e a emoção de outros tempos não são os de hoje, pouco a pouco os nossos pais vêm partir os seus filhos.
Por esta e por muitas outras razões que abraçamos o projecto do Dr. Vítor Gabriel e de toda a sua equipa que se assume por coligação “todos por Penamacor”, composta por sociais-democratas, democratas cristãos, ecologistas e uma parte significativa dos verdadeiros socialistas. Estes homens e mulheres estão empenhados em construir um projecto de desenvolvimento para o concelho de Penamacor, assente no combate ao despovoamento e para que nos, os jovens tenhamos a oportunidade de escolher o nosso concelho como lugar de eleição para trabalhar e constituir família. Dr. Vítor Gabriel tem enorme capacidade de liderança, de gestão organizacional e de visão para o futuro, e como jovem amante do nosso concelho, sabe que o espírito da inovação é essencial para o futuro.
A nossa candidatura a junta de freguesia da nossa terra e uma candidatura humilde não querendo ser mais do que os outros, mas como todos os filhos da terra, pautando a nossa preocupação em contribuir e dar o melhor para o bem-estar de todos. Também sabemos que a nossa experiência não é como a deles, mas eles também não nasceram ensinados, estamos aqui é para aprender. Mais do que tudo, é este amor à terra que nos faz mover.
É o sentirmos que muito mais se podia fazer, pretendemos apenas apontar a verdade doa a quem doer. É exemplo do fracasso da actual junta de freguesia a candidatura ao Gabinete Técnico Local (GTL), que serviria para dinamizar o núcleo histórico da aldeia, que está em constante agressão arquitectónica, sem que, as autoridades competentes actuem convenientemente para a sua conservação. Para que não bastasse ainda a relativamente poucos meses deixaram roubar dos lavadouros públicos peças de valor patrimonial (aras, capiteis e cabeceiras de sepultura medieval), que se encontravam ali ao sabor das intempéries e sem qualquer segurança. Deixando assim levar um pedaço do nosso passado que herdamos e que temos como obrigação sagrada de transmitir aos nossos vindouros. Se assim não pensáramos os nossos descendentes não receberão as raízes que se possam sentir orgulhosos dos seus antecessores. Lembrando, que o património cultural é a memoria dum povo e a sua destruição assinala o ruir da independência, da autonomia e da identidade cultural de um povo, pois quando não se conhece o significado das coisas não se atribui o devido valor.
No nosso programa eleitoral, pretende-mos criar um pequeno museu que albergue estas peças e simultaneamente um pequeno posto de turismo não só com informações úteis de toda a aldeia, como também de toda a região. Apesar de existir o site da Cãmara, pensamos também em elaborar um site, que contenha toda a informação da aldeia e dos seus atractivos, que conduza a nossa pequena-grande aldeia a sair do anonimato. Há quatro anos á actual junta eleita prometia a criação de novas instalações do posto médico, este ano voltam a prometer o mesmo, isto significa que aquilo que prometeram não realizam. Nos também apresentamos a criação de novas instalações do posto médico, porque temos a consciência que o actual posto médico não é eficiente a ponto de os nossos idosos não poderem subir as escadas, considerando a obra mais urgente para a nossa freguesia. Também iremos junto da Cãmara Municipal, apresentar uma proposta para a implementação de uma praia fluvial na zona do açude, tal como têm sido implementadas na zona norte do concelho. Também iremos proceder a criação de uma zona de lazer na” fonte Salgueira”. No castelo proceder a passagem do fio do relógio subterraneamente, como para além de outros, isto para evitar o transtorno estético que provoca em toda aquela área. Arrancar a estrada de alcatrão enfrente a “Domus Municipalis” e proceder ao seu empedramento, pois não se justifica que toda a aldeia esteja empedrada e seu centro histórico esteja alcatroado. Na rua D. Manuel I, construção de um muro de segurança ao longo da rampa, ajardinamento da mesma e construção de um lanço de escadas de acesso à rua António Martins de Brito. Restauração da “via-sacra” e a construção de sanitários públicos, pois são extremamente úteis para aqueles que nos visitem. O programa que acabei de delinear é sem dúvida ambicioso, levá-lo avante requererá grande persistência e clarividência, defrontamo-nos com os desafios que põem a prova a nossa vontade.
Para terminar gostaria de aqui afirmar que as eleições são um acto livre, que nos foi concedido pela democracia à qual muitos homens e mulheres lutaram por essa autonomia, deixem decidir o povo, deixem-no decidir livremente e de consciência tranquila, deixem de pressionar as pessoas para desistirem de algo que aderiram de livre e de espontânea vontade, já é tempo de haver moralidade na política da nossa terra, seja ela em que nível for, sem golpes baixos, e que sobretudo haja clareza e dignidade para o próximo acto eleitoral.
Quanto a nós, Coligação “Todos Por Penamacor”, apenas queremos fazer uma campanha transparente e sincera, apresentando os nossos projectos e as nossas ideias, para a nossa Bemposta.
Por estas razões, pelo amor que temos a nossa terra e a nossa gente, estaremos de corpo e alma e de voz bem alta em prol da Bemposta.
Para nós a Bemposta está no nosso coração!!!!

Carta de Emprego

Exmo. Senhor. João Ferreira

Queremos fazer carreira ao seu lado, por favor!
Trancadas numa sala, até com dor de dentes, fazemos trabalhos deveras surpreendentes.
Despidas de preconceitos, vestidas de imaginação agasalharemos o mundo com a nossa criação.
Vote D&M e não se arrependerá, se não, não sabe o que lhe acontecerá!
(ler a cantar, música Marco Paulo). Somos duas Secretárias que em nada são iguais, mas não terá a certeza de qual gostará mais. Mas não terá a certeeeeezzzaaaa de qual gostará maaaaaaaiiiiiiiisss serão duas funcionarias muito especiaaaaaiiiissss, uma é loira outra é morena, uma é da Bélgica e a outra de Portugal, ambas são criativas e tem uma imaginação fenomenal.

ASSALTO


Na passada semana, a sede da Junta de Freguesia foi assaltada. No interior da sede foi encontrado um martelo e uma chave de fendas, que o presumivel assaltante terá deixado por esquecimento, furtaram uma quantia avultada em dinheiro.
A GNR esteve no local para avirguar o sucedido, aguarda-se pelo resultado das investigações
.

Para Comentar ???


Tal é a importançia que a Cãmara Municipal de Penamacor atribui a nossa terra Bemposta, que num dos flayers públicados ( O Concelho pelo Património, Cultural, Sabor E Arte) no mapa do Concelho a Bemposta não aparece assinalada!!!


Tal como Dizia Fernando Peça, e esta...

Biodança




"A base conceitual da Biodança provem de uma meditação sobre a vida, ou talvez da desesperança, do desejo de renascer dos nossos gestos despedaçados, de nossa vazia e estéril estrutura de repressão.
Poderí­amos dizer com certeza, de nossa nostalgia de amor. Biodança, mais que uma arte, é uma poética do encontro humano, uma nova sensibilidade frente à existência.
Sua metodologia promove uma sutil participação no processo evolutivo."
Rolando Toro Arañeda

Histórico:
A Biodança foi criada na década de 60 pelo Antropólogo e Psicólogo Rolando Toro de Arañeda. Rolando Toro nasceu no Chile em 1924, onde ocupou a cátedra de Psicologia da Arte e da Expressão, na Pontifí­cia Universidade Católica de Santiago e foi docente no Centro de Estudos da Antropologia Médica na Universidade do Chile. Implantou a Biodança que se expandiu para os demais paí­ses da América Latina e no Brasil conta com Escolas de Formação em todas as capitais. Em 1992 Rolando Toro se mudou para Milão (Itália) onde fundou a Escola Européia de Biodança e de lá coordenou as atividades de Biodança no mundo inteiro, até 1997 quando voltou para o Chile. Atualmente coordena a Escola Modelo de Biodança na qual se concentra o curso de atualização e formação de professores didatas.

Objetivos:
A Biodança é um Sistema de Desenvolvimento Humano no qual a música e o movimento formam uma unidade coerente com a emoção. Seus principais objetivos são:

* estimular o lado positivo das pessoas
* desenvolver a criatividade
* melhorar a capacidade de comunicação
* auxiliar no autoconhecimento fortalecendo a identidade e a auto-estima
* aumentar a resistência ao stress e à ansiedade
* promover a integração e o desenvolvimento de cada indiví­duo.

Muito bom axe...

Cova da Beira- Território na época romana: Ocupação



Mapa- Localização de alguns territórios da Lusitânia- Romana

Quando os exércitos de Décio Júnio Bruto entraram em território nacional, terão deparado com o imponente complexo orográfico da Meseta Ibérica, terão deparado com o imponente complexo orográfico chamados Montes Hermínios, onde, segundo a tradição multissecular, estariam estabelecidos os Lusitanos.
Convergindo com as fontes clássicas, a conquista definitiva desta região só se deu no dealbar do Séc. II a.c, até se atingir a almejada “pax-romana”.
Em 197 a.c a Hispânia área peninsular sob domínio romano terá sido dividida, para fins administrativos, em duas diferentes províncias: a Cinterior (que ia dos Pirenéus ao rio Almanzora, sensivelmente a meia distancia de Cartagena e Almeria) e a Ulterior (dali para sul e ocidente, compreendendo nos limites parte do território hoje nacional).
Por volta de 194 a.c em Ilipia, perto da Cidade espanhola de Sevilha, terá acontecido o primeiro recontro entre Lusitanos e Romanos. A partir daí há informações de numerosas refregas durante meio Século, após um breve período de acalmia, entre 149 e 148, por volta de 147 a.c, a guerrilha Lusitânia iria conhecer novos desenvolvimentos com Viriato, que reacendera as disputas.
Quanto a Viriato e mesmo até sobre os Lusitanos, suas origens, real implantação geográfica, âmbito de acção. A arqueologia e epigrafia não se têm revelado muito frutuosa no esclarecimento de questões, algumas fontes provém de procedências clássicas romanas, em boa parte desvirtuadas e coloridas por acção de autores renascentistas que pretenderam enfatizar um alegado “génio lusitano”, poderoso interveniente na origem da portugalidade.
O processo de delimitação territorial de unidades políticas autónomas e organizadas ter-se-á desenrolado, na região no principado de Augusto, mais precisamente entre 4 e 5 d.c. (quando o governador da Lusitania era Q.Articuleio Régulo), como atestam os terminus augustales de Peroviseu (Fundão) e Salvador (Penamacor) (Alarção e ETIENNE, 1976: Pág. 175 e 176). “Para além do exposto, fornece o marco de Peroviseu elementos de segura, ou muito provável, localização de alguns territórios da Lusitânia, como, entre outros, os correspondentes ao moderno concelho do Fundão, Penamacor, Idanha-a-Nova e em grande parte do seu alfoz (áreas da Igeditânia e da Lância Opidana).” (José Alves Monteiro, distinto arqueólogo e fundador do Museu do Fundão, 1971).

Bemposta Corresponde ao lugar ou à gens Isibraia


Nunca nos sentimos tão cobertos de grandeza cultural e ao mesmo tempo, conscientes e responsáveis, quando primeiramente precisamos de saber, ver e sentir de onde viemos, como chegamos até aqui. Uma viagem de milénios de anos, que não se esgota em nós. Aquilo que somos hoje e o que desejamos ser amanhã, dependente daquilo que temos sido, que temos feito, como Concelho, como cidadãos. Por tudo isto, e como somos herdeiros de tradições e valores ancestrais, urge descobrir, reconhecer, inventariar e divulgar, quando antes se possível, com critérios, tudo o que constitui as nossas raízes ancestrais.
Bemposta é a freguesia do Concelho de Penamacor de mais nítido sentido romano, segundo as actas e memórias do 1º colóquio de Arqueologia e História do Concelho de Penamacor, realizado entre os dias 5, 6 e 7 de Outubro de 1979, o estudo que nos revela Joaquim Candeias da Silva (subsídios para o estudo da viação romana no Sw do antigo território Penamacorense), no 3.ponto do seu estudo (Da Bemposta à Mata (Da Rainha), refere a Bemposta como a aldeia mais rica em vestígios romanos do concelho de Penamacor, digna da maior atenção de estudos epigrafistas. Aponta duas aras dedicadas ao Deus indígena Bandis Isibraiegvs. Muito se tem escrito relativamente ao culto de Band, esta divindade indígena da Lusitânia pré-romana, com o nome assente no radical.
O Professor Catedrático da Universidade de Coimbra, José d’Encarnação, que produziu um trabalho de Síntese, relativamente a este assunto, contabilizou 28 inscrições encontradas no Ocidente Peninsular, o mesmo conclui, apenas estas duas aras referem o Deus Isibraieco: trata-se de um epíteto circunscrito à Bemposta. Seria então Bemposta uma povoação, correspondente ao lugar à gens Isibraia ou lugar de gente do Deus Isibraecus.
Pelo que fica dito se compreende que Bemposta no tocante ao património cultural Português é um relicário vivo da arqueologia, é pena, é que as entidades públicas competentes, não terem sido capaz de a proteger, valorizar e de a dar a conhecer ao mundo. Fica a esperança de um dia a ver requalificada, por alguém mais disponível e capaz.
Porque "A Terra quando mais se conhece, mais se ama!"

Daniel Lopes